segunda-feira, 11 de julho de 2011

Repeteco

Post antigo que vale a pena salvar para a posteridade. Salve, Herbert Vianna!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Suor e Lágrimas


Foram cerca de três horas em pé, em um lugar pequeno demais para a ocasião, insuportavelmente quente e abafado, onde uma simples garrafa de água saia por quatro reais. Eu estava passando mal com crise de gastrite e com pressão baixa, pois não havia almoçado. Junte isso ao cheiro insuportável de vários tipos de cigarro e outros odores nada agradáveis: essa foi nossa espera pelo show Paralamas e Titãs Juntos e ao Vivo.

Tenho que admitir que estava morrendo de raiva e de medo que tudo fosse dar errado até que depois de várias tentativas as bandas chegam ao palco.

Fui do purgatório ao céu em segundos. Sim é clichê, mas tudo valeu a pena, foi algo tipo: uau!

Começaram com Diversão do Titãs e emendaram Calibre do Paralamas, não é uma música romântica, nem tão conhecida e muito menos com algum significado especial para mim até aquele momento. Só posso dizer que parei de chorar por poucos momentos no show, me deixando terrivelmente envergonhada e constrangida, acho que as pessoas ao redor pensaram que eu tomei algo que não me caiu bem, mas eu explico. Fora o óbvio de: cara, ouço essas músicas desde que eu nasci, passei minha vida inteira sendo acompanhada por elas, momentos em que descobria o que eu gostava por mim mesma e não só por influência materna, foi mais que isso, você sentir a emoção, a entonação e o modo como aquelas letras são cantadas, a riqueza de ritmos e os temas as vezes não entendidos em determinados momentos por falta de atenção ou maturidade cairam no meu colo de uma vez, um baque!

Nossa geração é tudo junto agora, é imediatista, egoísta e consumista, mas isso não é o pior. O que me deixa mais revoltada é a falta da revolta, o comodismo, a apatia e toda a insegurança. O repertório deles foi como um guia: sim! queremos nos entupir de alcool e prazer, pois somos solitários, não temos mais contatos sadio e normal com outras pessoas, mas isso não resolve. Somos inseguros, reféns do medo e violência que influênciam nossa vida. Queremos, apesar de tudo conseguir algo maior, queremos amar e ser amados, algo puro nosso, queremos poder deixar o cinismo de lado e acreditar em algo bom. E tem que ser uns tios de uma geração passada com mais folêgo que o nosso, mais sentimento, mais paixão para dar uma sacudida dessa na minha cabeça: Eu quero mais, sempre mais!

Eu disse que estava passando mal no show? Pois é, teve um carinha que além de me levar no show, mesmo sem um pingo de vontade de ir me levou, pois sabia que era importante para mim. Esse cara passou quase seis horas em pé me segurando, mesmo quando eu me sentia bem o bastante para gritar a plenos pulmões e pular (se tivesse espaço para isso), ele aguentou firme, me protegeu fisicamente para que não esbarrasem em mim, não me empurrasem, me levou com toda segurança para a saída, me colocou no carro, me alimentou, me colocou na cama e me acalmou até eu dormir. Essa noite ele colocou fisicamente o que tem feito desde quando nos conhecemos, desde antes de eu vir para cá: cuida de mim, me segura, está ao meu lado para o que der e vier, me protege, está ali para me abraçar, me amparar, dividir minhas alegrias e lágrimas, está perto para que eu possa o beijar apaixonadamente e me acompanhar nessa nossa jornada.

Então, baby por isso e mais um pouco eu berrei, me emocionei e chorei muito. Não consegui administrar todas essas emoções. Isso e porque Paralamas e Titãs são phoddas demais.


Eder, obrigada pela noite perfeita, apesar dos pesares, não sabia como te explicar tudo na hora, levei dois dias para conseguir entender, mas não vejo pessoa melhor para passar o resto da minha vida a não ser você. Meu amigo, e amor para toda a eternidade. Continuo apaixonada por ti, mais do que antes, pois cada momento que passamos juntos me dá vontade de ficar ainda mais com você. Te amo demais, da tua Gui.


PS: só clássicos dos mais óbvios até esquecidos, momento Raul com Aluga-se e bis com Meu erro e Flores. Me acabei!

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